Ex-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) usou seu perfil nas redes sociais neste sábado (7) para apontar o que ele definiu como ‘lawfare’, após tornar-se alvo de processo movido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Anteriormente, Ciro insinuou que o presidente cometeu peculato e corrupção passiva, pois teria se beneficiado com propina ao criar o programa de empréstimo consignado “Crédito do Trabalhador”. O pedetista também sugeriu que Lula obteve vantagem ilícita no escânado do Mensalão, que completou 20 anos no último dia 6 de junho.
Lula, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), protocolou uma interpelação judicial contra Ciro Gomes na 11ᵃ Vara Federal do Ceará, alegando que o ex-ministro ofendeu sua honra ao acusá-lo de tais crimes em vídeo no YouTube e Instagram.
Em capítulo mais recente, Ciro reagiu ao processo em novo vídeo publicado neste sábado e chamou Lula de “agente dos agiotas”.
“Nos últimos anos, eu tenho procurado suportar, em silêncio, um enorme ‘lawfare’. Você sabe, é a manipulação, no Brasil, do próprio Judiciário para a perseguição de pessoas que são vistas como inimigas dos poderosos”, disse.
“Agora, finalmente, o maior dos agentes dos agiotas, o presidente Lula, do alto da sua covardia e, manipulando o próprio poder da Presidência da República, entra nesse jogo judicial na tentativa de me calar”, acrescentou.
A crítica de Ciro se estende também ao instrumento utilizado: interpelação judicial por ataque à honra, e não por calúnia, o que lhe impede de utilizar o direito da exceção da verdade e provar, nos autos, que ele não mentiu nas declarações.
“O projeto, para mim, é claro. A pobreza não é para ser superada. A pobreza virou um ativo a ser explorado politicamente e financeiramente. A pobreza é o negócio do governo Lula. Os bancos, os seus beneficiários. Não me calarei. Não podem me intimidar, que não tem rabo preso e nem pretende ser candidato a mais nada, a não ser a defender o povo brasileiro, vou lutar até o último dia da minha vida”, finalizou Ciro.