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Piauí registra queda de 50% no índice de extrema pobreza, a maior do Nordeste

Por UrbNews
Atualizado há 4 semanas
Tempo de leitura: 4 mins
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A queda na pobreza e na extrema pobreza pode ser associada a políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado, especialmente voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar e à ampliação do acesso à alimentação de qualidade. Foto: Divulgação

O estado do Piauí registrou uma queda expressiva de 50,3% na taxa de extrema pobreza entre os anos de 2023 e 2024. Em 2023, o percentual era de 8,1%, passando para 4% em 2024. Esse desempenho representa a segunda maior redução do país e a mais significativa da região Nordeste. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), analisados pelo Centro de Inteligência em Economia e Estratégia Territorial (CIET), vinculado à Secretaria de Planejamento do Estado.

A pesquisa também revelou que, em 2024, 37,5% da população do Piauí estava em situação de pobreza, uma redução de 17,3% em comparação com os 45,4% registrados em 2023. Esse resultado posicionou o estado com a oitava maior queda de pobreza do país. Em relação ao índice de Gini — indicador que mede a concentração de renda — o Piauí apresentou melhora: passou de 0,552 em 2023 para 0,506 em 2024, alcançando a 17ª colocação nacional e a 4ª no Nordeste.

Segundo a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a menor taxa de pobreza registrada no estado em uma década. Entre 2012 e 2023, cerca de 280 mil pessoas deixaram a condição de pobreza. Com os avanços recentes, o Piauí subiu do 9º para o 5º lugar no ranking nacional dos estados com os maiores avanços na redução desses indicadores.

A queda na pobreza e na extrema pobreza pode ser associada a políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado, especialmente voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar e à ampliação do acesso à alimentação de qualidade. Iniciativas como a instalação de Restaurantes Populares e a atuação de programas federais de transferência de renda, como o Bolsa Família, têm impacto direto não só na alimentação, mas também em áreas como saúde, educação e assistência social.

“Temos desenvolvido uma política de combate à pobreza em várias frentes. Uma delas é a expansão do microcrédito para pequenos empreendedores e produtores rurais através da Badespi (Agência de Fomento do Estado do Piauí). Além disso, um foco importante de combate à fome de forma intensa é levar mais unidades do Restaurante Popular à população em vulnerabilidade. Essas unidades garantem café da manhã, almoço e jantar a um custo baixo. Isso é promover cidadania e combater a fome de forma efetiva”, afirmou o governador Rafael Fonteles.

Atualmente, o estado conta com quatro Restaurantes Populares em funcionamento: três localizados em Teresina — no centro da cidade e nos bairros Dirceu e Santa Maria da Codipi — e um em Parnaíba. A capital também abriga a Cozinha Comunitária da Universidade Estadual do Piauí. Juntas, essas unidades distribuem cerca de 7.800 refeições diariamente, totalizando aproximadamente 171.600 refeições mensais, destinadas principalmente a pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar.

No campo da agricultura familiar, o Cadastro Único do Governo Federal aponta que cerca de 12 mil agricultores piauienses beneficiados por políticas da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) tiveram avanços significativos na renda entre 2023 e 2024. Segundo a SAF, 6.741 famílias que tinham rendimento inferior a R$ 218 por mês em 2023 ultrapassaram essa faixa em 2024, saindo da linha da pobreza conforme critérios do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além disso, 5.354 famílias que ganhavam até meio salário mínimo em 2023 superaram essa faixa no ano seguinte.

Entre os programas da SAF que contribuíram para esses resultados estão o Programa de Alimentação Saudável (PAS), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a Quitanda da Agricultura Familiar, a distribuição de sementes e mudas, o Crédito Fundiário, a mecanização agrícola, kits de irrigação e a entrega de alevinos, entre outros.

No que diz respeito ao emprego formal, o Piauí alcançou um total de 368.971 vínculos formais em 2025. Entre janeiro e abril, o estado criou 7.314 novas vagas, o que representa uma variação acumulada de 2,02%, superior à média nacional (1,95%) e à do Nordeste (0,99%).

A comparação com abril de 2024 evidencia um crescimento expressivo. Naquele mês, o saldo de novas vagas foi de 2.257, com variação de 0,64%. Já em abril de 2025, houve um aumento de 43% no número absoluto de postos criados, além de uma aceleração significativa na taxa de crescimento do emprego.

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