O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (PL) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), foram indiciados pela Polícia Federal no processo que investiga o uso da Agência Brasileira de Informações (Abin) para espionagem ilegal durante o governo de Jair, entre 2019 e 2022.
O relatório do inquérito foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF) e pede o indiciamento de 35 pessoas no caso, que ficou conhecido como Abin Paralela. Segundo as investigações, o esquema realizava espionagem de grandes nomes da política e do judiciário brasileiro como o ministro Alexandre de Moraes, e os ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Maia (MDB).
Outro ponto apresentado na investigação foi sobre as participações do, à época, presidente da República, que sabia do esquema e se beneficiava de informações obtidas pelo grupo. Para a PF, o ex-diretor da agência, Ramagem, foi o idealizador da Abin Paralela, utilizando-se do órgão para realizar a espionagem de opositores políticos da gestão bolsonarista.
Carlos Bolsonaro é apontado no relatório como o chefe do ‘Gabinete do ódio’ que usava as informações obtidas para atacar publicamente as figuras espionadas nas redes sociais e veículos de imprensa ligados ao pai e partidos de direita. A atual cúpula da Abin também foi implicada por ter obstruído as investigações realizadas pela PF.