O parlamento do Irã votou e aprovou, neste domingo (22), o fechamento do Estreito de Ormuz — uma das rotas marítimas mais importantes do mundo para o transporte de petróleo. A decisão é uma resposta aos ataques dos Estados Unidos e ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo Ali Khamenei.
O Irã ameaçou, ainda na quinta-feira (19), fechar o Estreito de Ormuz caso os Estados Unidos entrassem no conflito em defesa de Israel.
O estreito é uma rota marítima essencial de saída do Golfo Pérsico para a maioria dos países exportadores de petróleo da região. Aproximadamente 20% do petróleo global passa por esse estreito diariamente.
Países como Arábia Saudita, Irã, Catar, Emirados Árabes e Iraque dependem dessa passagem para exportar seu petróleo. Qualquer interferência dessa natureza sobre o estreito afeta diretamente o mercado global, podendo provocar uma disparada no preço do barril de petróleo.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, solicitou neste domingo (22) à China que incentive o Irã a recuar da decisão.
“Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo”, declarou Rubio, que também atua como conselheiro de segurança nacional.
“Se fizerem isso, será outro erro terrível. É suicídio econômico para eles se fizerem isso. E temos opções para lidar com isso, mas outros países também deveriam estar considerando. Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa.”