A apresentadora Adriane Galisteu revelou que a série documental produzida pela HBO Max, “Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, “não é uma resposta” à série produzida pela Netflix. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa de divulgação da obra realizada nesta segunda-feira (3).
“Esse documentário não é para causar nenhuma polêmica, não é uma resposta. É apenas a minha história, é apenas o que eu vivi. Aqui, não conto nada do que ouvi, nada do que eu vi, só conto o que eu vivi. Jamais vou julgar o que você fizer comigo, porque isso diz muito mais sobre você do que sobre mim. Minha mãe me ensinou bem cedo que, para falar que o meu está certo, não preciso falar que o do outro está errado”, disse a atriz.
Na série, que estreará na quinta-feira (6), a vida e a morte do Ayrton Senna serão retratadas de um ponto de vista único de Galisteu, a última namorada do piloto. O relacionamento dos dois durou cerca de um ano e foi interrompido pela morte de Senna em 1994, aos 34 anos, em um acidente durante o Circuito de Ímola, na Itália.
Em 2024, a Netflix produziu uma minissérie chamada “Senna”, que também retratava a vida do piloto de Fórmula 1 e teve apoio da família de Ayrton. No entanto, internautas apontaram que o relacionamento de Adriane e de Senna foi mal retratado, com a modelo aparecendo apenas dois minutos na trama, gerando uma revolta nos fãs do casal. “Eu acho que nem a família do Ayrton conseguiria, agora, ser capaz de contar a história dele como homem”, relatou a modelo em coletiva.
Apesar das polêmicas, Galisteu defende que temos a “obrigação de manter a imagem do Ayrton viva” e que “toda história é válida”. “Todo mundo sabe que ele era um herói nas pistas. Isso já foi retratado em livros, em documentários, em filmes. Todas essas histórias são válidas e merecidas, mas ninguém tratou Ayrton como um herói sem capacete. Ele também era esse herói como homem. E, para contar essa história, tinha que ser eu. Porque eu estava no último ano e meio de vida dele, ao lado dele. Isso não tem como ser apagado. Essa história é muito minha”, pontuou a atriz.
Durante a coletiva, Adriane Galisteu revelou que de início se recusou a fazer a série, no entanto seu marido, Alexandre Iódice, a incentivou ressaltando a importância de contar sua versão.
“É muito profundo voltar a um lugar onde fui tão feliz e tão triste ao mesmo tempo. Vivi esses dois sentimentos profundamente. A felicidade extrema e a tristeza extrema. Trinta anos depois, contar essa história com a cabeça que eu tenho hoje, como a mulher em que eu transformei, voltar para esse lugar é dolorido demais”, declarou a loira.
Além da história de Senna nas pistas e de pessoas próximas ao piloto, a série documental abordará um lado mais intimista do casal. “A gente se divertia, era um relacionamento leve, era uma vida muito diferente do que as pessoas imaginavam. Sei o quanto a gente se divertiu e sei depois o quanto tive que aprender com a minha dor”, relembrou.




