Em reunião extraordinária entre o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e o governador do Ceará, Elmano de Freitas, foi acordado o número de R$ 2,3 bilhões em financiamentos nos próximos dois anos para concluir obras no estado.
Ainda em 2023, o banco afirmou que ainda deve liberar R$ 500 milhões de investimento para que obras no Ceará possam ser finalizadas a tempo. Para 2024, está previsto o repasse de R$ 1,2 bilhão para duplicação do Eixão das Águas do Ceará. O projeto planeja levar águas do açude Castanhão para a região metropolitana de Fortaleza.
Ainda outros R$ 600 milhões devem ser liberados pelo BNDES para a implementação de novos trechos e o alargamento da BR-116 no Ceará, como também ficou acordado no encontro ocorrido na quarta-feira (18).
Elmano de Freitas celebrou os novos investimentos, e ressaltou a importância de políticas sustentáveis para o avanço social do Estado. “Os investimentos são essenciais na garantia da segurança hídrica do Ceará e para impulsionar a produção de energias renováveis, sobretudo, de Hidrogênio Verde, no processo de neoindustrialização com a nova matriz energética”, destacou.
“Os projetos apresentados pelo governador Elmano são de grande consistência técnica, o que permitirá uma tramitação acelerada e uma aprovação rápida dos financiamentos. Além disso, estão contemplados no novo PAC. Portanto, são uma prioridade absoluta do presidente Lula”, explicou Aloizio Mercadante.
Vale ressaltar que o governador já vem abordando a temática ambiental há algum tempo, e que até visitou o Complexo Industrial Porto do Pecém (CIPP) no fim do mês passado, em companhia do Ministro da Educação, Camilo Santana e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Na ocasião, sua visão estava voltada aos investimentos no Hidrogênio Verde para o Ceará.
Essa visão foi levada em consideração para as negociações feitas durante o encontro, pois Mercadante e Elmano também conversaram sobre outras possíveis parcerias. As mais notáveis abordaram a mudança do modelo de compra de geradores pela população rural e o desenvolvimento de estratégias para alavancar a produção de H2V no próprio CIPP.
O H2V, mais conhecido como Hidrogênio Verde, se tornou um dos grandes investimentos sustentáveis do Ceará nos últimos anos.