Irá decolar do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (20), com destino a Tel Aviv, o nono voo de repatriação de brasileiros em Israel. A aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão às 17h.
O retorno está previsto para o domingo (22) à tarde, com pouso do KC-30 na madrugada de segunda-feira (23), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio. Já chegou a 1.135 o número de brasileiros atendidos pela Operação Voltando em Paz.
O problema persiste com o grupo de brasileiros na Faixa de Gaza, pois não há previsão para saída de pessoas do enclave palestino. Um avião presidencial já está no Cairo, capital do Egito, aguardando autorização para tirar os brasileiros pela fronteira com o Egito.
Nesta quinta-feira (19), um bombardeio atingiu a cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, onde estão brasileiros que aguardam para deixar a região pela fronteira com o Egito. “Não existe lugar seguro na Faixa de Gaza”, disse o palestino-brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos.
Ele gravou o momento da explosão perto da casa onde está. Confira:
Cúpula sobre crise humanitária
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai representar o Brasil na cúpula convocada pelo Egito para discutir a crise humanitária provocada pela guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. O ministro seguirá para o Cairo de Nova York (EUA), onde cumpre agenda de reuniões e contatos telefônicos enquanto preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O governo do país árabe convidou o Brasil para participar do encontro com outros países para discutir a escalada da violência no Oriente Médio. Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril, o chefe do Itamaraty foi escalado para a cúpula. Além do Brasil, participam do encontro Jordânia, Catar e Turquia.
O principal tema do encontro é a crise humanitária na Faixa de Gaza. A crise se agrava a cada dia, uma vez que a população de Gaza não consegue sair da região porque as fronteiras estão fechadas e, ao mesmo tempo, sofrem com falta de água, combustível, eletricidade e com os bombardeiros intensos e diários de Israel.
Com informações da Agência Brasil.