Após receber alta hospitalar neste domingo (15), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, em coletiva de imprensa, que se sente “tranquilo”, após a cirurgia que realizou na cabeça, apesar de saber da gravidade da situação.
“Só fui tomar ciência da gravidade do que aconteceu comigo depois da cirurgia na terça-feira à noite”, disse.
“Mas eu “tô” tranquilo, me sinto bem. Vocês sabem que eu reivindico o direito de viver até 120 anos. Porque quem vai viver 120 já nasceu e eu acho que eu tenho direito de reivindicar que seja eu. Então eu tenho muita expectativa e sinceramente, eu sou um cara muito disciplinado para fazer as coisas. Eu tenho um compromisso muito grande com esse país”, afirmou o presidente.
O mandatário disse ainda que quando voltou ao comando do Palácio do Planalto, a sua vontade era trazer “o Brasil de volta à normalidade”. “A normalidade democrática. Fazer voltar a funcionar o respeito entre as pessoas. Fazer voltar o respeito entre as instituições. Cada um cumpra com seu papel. Cada macaco no seu galho. Tudo ficará resolvido nesse país”.
Lula, então, se refere ao Governo de Jair Bolsonaro (PL) como “praga de gafanhoto”. “E eu voltei pra dizer que nós vamos fazer um grande governo. Nós plantamos até agora, recuperamos tudo que tinha que recuperar. Vocês a quantidade de coisa que estava desmontada nesse país. Porque na verdade, o Brasil não teve um governo em 2019 a 2022. O Brasil teve uma praga de gafanhoto que resolveu destruir os valores nesse país”, disparou.
Alta de Lula
A entrevista foi concedida pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, o neurologista Rogério Tuma, o neurocirurgião Marcos Stávale, a médica do presidente, Ana Helena Gremoglio, e o médico José Guilherme Caldas, que realizou o procedimento de embolização no presidente.
“O quadro foi extremamente acima do esperado. Para minha felicidade e de toda a equipe, ele está de alta hospitalar”, disse a médica Ana Helena Gremoglio.
“Ele está de alta hospitalar, não alta médica”, esclareceu Kalil. Por isso, disse o médico, o presidente precisará continuar na capital paulista por mais alguns dias para acompanhamento. Na próxima quinta-feira, Lula deverá passar por exames no hospital, entre eles, uma tomografia.