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Política

Marina Silva é convocada na Câmara para explicações e volta a ser atacada por deputados

Marina foi convocada para prestar esclarecimentos sobre desmatamentos e queimadas
Por José Herculino
Atualizado há 5 dias
Tempo de leitura: 3 mins
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Marina foi convocada para prestar esclarecimentos sobre desmatamentos e queimadas. Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi novamente alvo de críticas e ataques durante uma reunião no Congresso Nacional, nesta quarta-feira (2). Na ocasião, a ambientalista se defendeu e disse que o comportamento não é novo e que “o desrespeito às vezes é a única coisa que as pessoas que não conhecem o respeito são capazes de oferecer.”

“Todos nós que não defendemos a agenda autoritária, negacionista, que não reconhece a mudança do clima, somos desrespeitados”, afirmou a ministra após a audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Durante a sessão, o deputado Evair Vieira Melo (PP-ES) chamou Marina de “adestrada” e “mal-educada” e disse que a ministra “nunca trabalhou, nunca produziu” e que tem “um discurso alinhado com ONGs internacionais”.

“A senhora tem dificuldades com o agronegócio, porque a senhora nunca trabalhou, a senhora nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho. Todo mundo sabe, o mundo sabe que a senhora tem um discurso alinhado com essas ONGs internacionais”, afirmou o parlamentar.

Outros deputados também atacaram a gestão da ministra. O deputado Zé Trovão (PL-SC) disse que Marina é uma “vergonha como ministra”, enquanto o capitão Alberto Neto (PL-AM) apontou que ela deveria “pedir demissão”.

Marina foi convocada para prestar esclarecimentos sobre desmatamentos e queimadas. A ministra disse que aprendeu que é “melhor receber injustiça” do que “praticar injustiça”. Ela ainda afirmou que fez uma longa oração antes da audiência e que está “em paz”.

A ministra do Meio Ambiente divergiu das afirmações dos parlamentares de que houve um aumento explosivo no desmatamento durante sua gestão e destacou o papel das mudanças climáticas no aumento de incêndios florestais no Brasil.

“[…] Qualquer pessoa que não seja negacionista sabe que a seca com baixa precipitação, temperatura alta, perda de umidade, potencializa os incêndios, potencializa em todos os níveis”, completou a ministra.

Ataques em maio

Essa foi a segunda vez que Marina foi atacada durante uma audiência no Congresso. Em maio, a ministra abandonou uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado após ser alvo de ataques de senadores considerados machistas e ofensivos.

Na ocasião, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) cumprimentou Marina e afirmou que desejava “separar a mulher da ministra”, porque a mulher “merecia respeito” e a ministra, não.

Marina reagiu imediatamente, cobrando um pedido de desculpas. “Como eu fui convidada como ministra, ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar. Se, como ministra, ele não me respeita, vou me retirar”, disse Marina. Diante da recusa do senador em se retratar, ela deixou a sessão.

Antes disso, o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), ironizou as reclamações da ministra sobre ter seu microfone cortado várias vezes. Marina respondeu dizendo que ele gostaria que ela “fosse uma mulher submissa”. “E eu não sou”, completou Marina.

Sentado ao lado da ministra, Marcos Rogério a olhou e disse: “Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”. A fala causou um tumulto e ele tentou se explicar. Disse que, na verdade, referia-se ao “lugar” de Marina como ministra de Estado.

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