A três vezes medalhista no judô olímpico, Mayra Aguiar não segurou a emoção ao ser eliminada dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A brasileira enfrentou a número 1 do ranking mundial da categoria até 78 kg do judô, a italiana Alice Bellandi. Em entrevista ao jornalista brasileiro Marcelo Courrege (TV Globo/Sportv) a atleta pediu para abraçá-lo e lamentou a derrota.
Enquanto o jornalista contava um pouco da história de Mayra em competições, a atleta se emocionou e pediu para abraçar o jornalista. Alguns feitos da judoca são três mundiais de judô, 3 medalhas em 5 olimpíadas disputadas, esse é o maior número de medalhas de uma mulher brasileira em olimpíadas.
“É bom escutar isso. A gente se cobra muito. Óbvio que tem a cobrança externa, mas a interna é sempre muito, muito grande. Mas é isso. É o que nos dá força, o que nos faz crescer. E o judô é uma coisa que me ensinou muito para a vida inteira: cai, levanta. Obrigada pelas palavras, obrigada pelo carinho. Vamos voltar para casa, vamos colocar a cabeça no lugar e levantar de novo”, falou a atleta em entrevista a TV Globo enquanto as lágrimas rolavam.
Depois de um ciclo olímpico duro, com lesões e dores constantes, Mayra estreou nas Olimpíadas de Paris em um chaveamento complicado, enfrentou a atual campeã mundial. Após uma luta equilibrada, a brasileira acabou perdendo por wazari já no golden score.
“Eu não gosto de perder nem de brincadeira, imagine em uma competição em que a gente se doa demais. Doa saúde, doa tempo com a família, assume uma dieta restrita, treina todo dia com dor. Então esse é o preço que estou pagando há algum tempo, brigando com dores e lesões. Quando acaba desta forma é muito ruim”, falou a atleta ao Time Brasil.
Mayra, ainda, completou dizendo que todas as vezes que sofreu derrotas sempre se levantou mais forte e que se apega nisso para buscar melhores resultados no futuro.
“Mas eu sei também que todas as vezes que doeu muito como agora eu sempre me levantei muito forte. Quanto mais dói mais a gente se fortalece. Estou me apegando a isso agora. O atleta aprende a se renovar muito rápido tanto na vitória quanto na derrota. Hoje eu vou sofrer e vou berrar, mas amanhã eu já estarei de pé”
Mayra, apesar de estar com 33 anos, não confirmou se essa será sua última Olimpíada. A atleta ainda disputaria lutas por equipe, mas segundo informações do Time Brasil deverá ser poupada.