A vereadora Nilda Abrahim (Republicanos) teve o seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) por ser cunhada do prefeito reeleito de Itacoatiara, no interior do estado. A cassação do mandato da parlamentar ocorreu após recursos apresentados pelos partidos Progressistas e Partido da Mulher Brasileira.
De acordo com as siglas, Nilda era inelegível por ser casada com o irmão do prefeito reeleito no ano passado.
Pedagoga por formação, a vereadora já possui trajetória política, com participação nas duas últimas eleições. Em 2020, foi candidata pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas acabou ficando como suplente. Já em 2024, foi eleita pelo Republicanos, com 1.544 votos.
Além de vereadora, Nilda foi eleita em fevereiro deste ano a presidente da Comissão de Direito da Mulher e Bem-Estar Social na Câmara Municipal de Itacoatiara e passou a integrar a Comissão de Cultura, Esporte e Turismo do município.
Nas redes sociais, compartilha momentos com a família e sua participação nas eleições de 2020 e 2024. No último período eleitoral, além de registrar sua própria candidatura, também mostrou apoio à candidatura de Thiago Abrahim, filho do prefeito de Itacoatiara.
Na manhã desta terça-feira (25), um dia após a decisão, publicou uma reflexão nas redes sociais sobre as adversidades que tem enfrentado.
“Não é fácil, mas cada batalha me faz mais forte. Se tem uma coisa que aprendi, é que uma crise pode até abalar, mas nunca destruir quem tem um propósito forte. Até aqui o Senhor me sustenta e nunca me desampara, pois sou fiel. Que seja feita a vossa vontade”, escreveu.
A Constituição determina que parentes próximos de chefes do Executivo não podem concorrer a cargos eletivos no mesmo território, salvo algumas exceções. Com base nessa regra, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) cassou o mandato de Nilda Abrahim. A Corte determinou a cassação do mandato, mas ainda cabe recurso.
Em nota enviada ao g1 Amazonas, Nilda afirmou que já recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral e seguirá exercendo o mandato enquanto aguarda o julgamento, pois confia no reconhecimento de seu direito político.